A energia solar se tornou uma das melhores alternativas para reduzir os gastos com eletricidade e conquistar mais independência energética. Mas você sabia que pode acumular créditos na conta de luz com a energia gerada pelo seu sistema fotovoltaico?
O sistema de compensação de energia permite que os consumidores utilizem a energia excedente produzida durante o dia para reduzir o valor da conta de luz à noite ou em meses de menor geração solar.
Neste artigo, vamos explicar detalhadamente como funciona o crédito de energia solar, como ele é calculado e quais são as regras da regulamentação vigente.
O Que São os Créditos de Energia Solar?
Os créditos de energia solar são um sistema de compensação criado pela Resolução Normativa nº 482/2012 da ANEEL, que permite que consumidores que geram energia por meio de painéis solares “emprestem” o excedente para a rede elétrica e utilizem essa energia posteriormente.
Isso significa que, quando o seu sistema fotovoltaico gera mais energia do que sua casa consome, o excedente é injetado na rede da distribuidora e convertido em créditos energéticos.
🔹 Esses créditos podem ser utilizados para reduzir o valor da conta de luz em até 60 meses!
Como os Créditos de Energia Solar São Gerados?
O funcionamento dos créditos de energia solar segue três etapas básicas:
1️⃣ Geração de Energia: Durante o dia, os painéis solares produzem eletricidade. Parte dessa energia é consumida imediatamente pela casa.
2️⃣ Envio do Excedente para a Rede: Se o sistema gerar mais energia do que a casa precisa, o excedente é enviado para a rede da concessionária.
3️⃣ Créditos de Energia: A energia injetada na rede gera créditos, que podem ser usados posteriormente para abater o consumo da rede elétrica durante a noite ou em dias nublados.
📌 Dica: Os créditos são registrados no seu medidor bidirecional, que contabiliza tanto a energia consumida quanto a injetada na rede.
Como os Créditos São Calculados na Conta de Luz?
A cada ciclo de faturamento, a concessionária faz a seguinte conta para calcular seu consumo líquido:
📊 Consumo total do mês – Energia gerada e injetada na rede = Valor da conta de luz
Exemplo de cálculo:
- Energia consumida: 400 kWh
- Energia gerada e injetada na rede: 350 kWh
- Consumo líquido: 50 kWh
Se a tarifa de energia for R$ 0,90 por kWh, a conta de luz será:
📌 50 kWh × R$ 0,90 = R$ 45
Além disso, o consumidor ainda deve pagar a taxa mínima da concessionária, que pode variar entre R$ 20 e R$ 50, dependendo do tipo de conexão elétrica.
Por Quanto Tempo Posso Usar os Créditos de Energia?
Os créditos de energia solar possuem validade de 60 meses (5 anos). Isso significa que, se você gerar mais energia do que consome durante alguns meses, poderá usar esse excedente futuramente, dentro desse período.
🔹 Isso é especialmente útil em períodos do ano com menor incidência solar, como no inverno ou durante a estação chuvosa.
O Que Acontece se Eu Gerar Mais Energia do Que Consumo?
Se o seu sistema solar gerar mais créditos do que você consegue consumir dentro dos 60 meses, o excedente é perdido, pois não há reembolso em dinheiro pelas distribuidoras.
📌 Dica: Por isso, é importante que o sistema seja bem dimensionado para atender ao seu consumo médio, evitando desperdício de créditos.
Posso Usar Créditos de Energia Solar em Outra Conta de Luz?
Sim! Com a modalidade de Autoconsumo Remoto, é possível utilizar os créditos de energia solar em outra conta de luz desde que ambas as unidades consumidoras estejam registradas no mesmo CPF ou CNPJ e dentro da mesma área de concessão da distribuidora.
Exemplos de uso do autoconsumo remoto:
✔ Usar os créditos de energia gerados na sua casa para reduzir a conta de luz do seu comércio
✔ Compartilhar os créditos entre sua residência principal e uma casa de veraneio
📌 Dica: Consulte a concessionária de energia da sua região para verificar as regras de compensação de créditos.
O Que Mudou Com a Nova Lei da Energia Solar?
A Lei 14.300/2022, conhecida como Marco Legal da Geração Distribuída, trouxe algumas mudanças importantes para o sistema de créditos de energia solar.
📌 Principais mudanças:
✔ Tarifa de uso da rede elétrica (TUSD Fio B): Antes, o consumidor de energia solar usava a rede da distribuidora sem custo. Com a nova lei, há uma cobrança gradual pela infraestrutura elétrica.
✔ Regras de transição: Quem instalou um sistema solar antes de 7 de janeiro de 2023 poderá manter as regras antigas até 2045. Quem instalar depois disso pagará a taxa de uso da rede.
✔ Expansão da energia solar compartilhada: Agora, é mais fácil participar de projetos de geração distribuída, como fazendas solares, para compensar créditos na conta de luz.
📌 Dica: Mesmo com as mudanças, a energia solar continua sendo um dos investimentos mais vantajosos, pois a economia na conta de luz compensa a nova taxa de uso da rede.
Vale a Pena Investir em Energia Solar Mesmo Com a Nova Regra?
Sim! Mesmo com a introdução de taxas para uso da rede, a economia gerada pela energia solar ainda supera em muito os custos.
✔ Redução de até 90% na conta de luz
✔ Créditos acumuláveis por até 5 anos
✔ Possibilidade de compensação de créditos em mais de uma unidade consumidora
📌 Conclusão: Se você deseja reduzir seus custos com eletricidade e aproveitar os benefícios da geração distribuída, investir em energia solar ainda é uma excelente opçãO.
Os créditos de energia solar são uma excelente maneira de maximizar os benefícios do seu sistema fotovoltaico. Através da compensação de energia, você pode reduzir a conta de luz significativamente e até acumular créditos para uso futuro.
Mesmo com as mudanças na legislação, a energia solar continua sendo um dos investimentos mais inteligentes para quem busca economia e sustentabilidade.
Se você deseja aproveitar ao máximo esse benefício, consulte um especialista para dimensionar corretamente seu sistema e entender todas as regras da sua concessionária de energia.
